sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Desenvolvimento...



Verdade I ("Vida!")



Nascemos cobertos de sangue
sem saber para onde ir,
pais atenciosos, carinhosos, utilizamos
até a hora em que decidimos cair(de cabeça)
em decisões imaturas, mas que são nossas
atitudes "seguras", são nossas
confusões necessárias, são todas nossas "mother"!
Bela foi a infância, tudo era puro
como segurar a mão de meu vizinho,
6 anos de doçura, sem maldade, com sonhos a realizar
em que hoje nem quero estar perto,
afinal, de traficante e estuprador o mundo está cheio.
6 anos, tão feliz. Quem iria imaginar?

Vivemos cobertos de sangue
de falsas verdades jogadas em nossas caras,
em que como adolescentes acatamos com agrado.
Pra que "pensar" e fazer o contrário?
- Mother, estou linda!(sapatos e maquiagem)
- Father, um conversível não seria mal!(fútil e idiota)
Compramos coisas que não vamos usar,
compramos livros que não vamos ler,
fazemos coisas que não nos agradam;
“existimos" ou somos "fabricados"?
(É correto generalizar?)
Festas, drogas, sexo...
Tudo é real, além de muito bom,
como nossos estudos promovidos
pela racionalidade animal;
a humana está decaindo
como a tradição e o valor cultural.
Cadê as manifestações juvenis?
Cadê a crise de geração?
Adolescentes que aceitam tudo,
um tiro no escuro, o que se tornarão?
- Mother, a passagem do ônibus está mais cara.
Dinheiro a esbanjar.
Como conseguem suportar? Estão cegos?
- Mother, quero aquele lindo colar...

Por que não aproveitar que são 18 horas,
parar de pensar no piercing do umbigo,
sua bunda grande, seu seios pequenos,
seu mísero pênis, que está sem atuar a muito tempo,
para pensar em um bem comum a todos?
Não seja egoísta!
Não vivemos sozinhos,
e o saco de atitudes inconseqüentes
está quase explodindo... EXPLODINDO.



Adultos frustrados... (verdade?)
Adultos frustrados... (futuro?)
Adultos frustrados... (nossa realidade?)
Você entende o que quero dizer?

Aquecimento pelo globo azul,
chuva ácida na pele cinzenta,
doenças e pragas a estudar...
É tão lindo!
Favelas? Política corrupta?
(Melhor não relatar agora, podem escutar.)
Vivemos em um grande circo de idiotas,
faturando ignorância e muita dor...
É tão lindo!
- Vocês não são únicos! Sintam-se bem!
O FUTURO... O FUTURO É PROMISSOR.
- Mother, quebrei a unha, fui despedida...
Quero voltar pra casa, estou na rua desesperada.
E tudo, TUDO está tão "bem”.

Encontramo-nos em tamanha desgraça.
(Pessimismo? Realismo?
Opte pelo que desejar.)
Alguém quer gritar? Alguém pode gritar?
- Querida, quer alguns dólares
comprar seu namorado e ser feliz?
CUIDADO!
A entrada para o inferno
está cheia de boas intenções.
... Morremos cobertos de sangue. (abrem-se os portões)

(- Fila indiana por favor.
O enxofre é restaurador.)

Now! Now! Now! (to be killed!)
Now! Now! Now! (life is...)
Now! Now! Now! (to be killed!)







Imagem:
Nascimento de um novo homem
Criação: Salvador Dalí

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

p.r.e.c.o.n.c.e.i.t.o.



Diferente devorar





Mistérios trazem tristezas
e a vida tem planos.
Está frio; todos olham,
(parem de olhar!)
então me movo, tento esconder.
Gostaria que tudo fosse mais justo,
mas acabaram de ir
e mais ferozes vão retornar.

Sentimos medo,
(parem de olhar!)
além de desprezo e sofrimento.
Não somos poucos.
Tornei-me o que não posso ver.
Estaríamos errados? Estaríamos loucos?

Observam-nos com nojo.



(Seus castelos de cartas caem, mas a ignorância insiste em ficar, para rir da diferença. Ela tem medo, como vários humanos que estão pendendo de suas gravatas, de seus calçados caros e inevitavelmente irão cair. Seria melhor morrer esquartejado!)





Imagem:
Discriminação e drogas
Técnica: Óleo sobre tela
Criação: Antonio Juvenil

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Esquecer?



Erros (vermelhas, azuis!)



Vemos o mundo girando
e nada, nada podemos fazer.
(eu! Você!)
Gritamos o máximo que podemos,
é difícil, é necessário
e cometemos os mesmos erros outra vez.
Temos motivos, não temos escolhas
o mesmo erro vamos cometer.
(Vou cometer! De novo! De novo!
Perdão, meus sombrios reis.)

Abrimos a porta, queremos sair
tudo ainda gira
(as vermelhas, as azuis)
e as estrelas estão caindo
sutilmente sobre nossas cabeças
(há dor, mas estamos juntos).
Mais uma vez erramos
(eu! Você!)
e agora estão comentando, eu sei
e não há mais vermelhas...
(por quê?)
e não há mais azuis...
(há tanto a usar.)
Eu mais uma vez errei.




As pessoas falam o que querem,
mas ninguém percebe o quanto gosta de sofrer
ninguém... Está tudo bem.
(eu! Você!)
Até o fim dos tempos iremos perecer
e nos sentiremos satisfeitos,
como amantes que não pensam
que de volta à Rua dos Tormentos
querem apenas mais um beijo.
E é tão bom! Nós podemos.

Tentamos esquecer o que fazemos
querendo sempre ser perdoados
(somos todos assim),
pois aos poucos a humanidade,
sente aflição ao que é real,
que somos um pouco de desprezo e solidão
(eu! Você!)
decidindo, muitas vezes, nossas feridas mostrar
rasgando a pele docemente.
- Você não me ignorará!
(É o que desejamos intensamente.)


... Criança, me leve,
eu quero esquecer...
Eu quero esquecer?






Imagem:
O menino mau
Criação: Eric Fischl

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Divagação???




Made China!(Poor USA)





Não há quem não tenha.
Devemos encarar a vida como deve ser,
olhando as estrelas embaixo de uma árvore
com a pessoa que mais amamos,
aproveitando os dias,
aproveitando as noites,
pois, querida, tudo um dia acabará.
Então virão as lamentações:
não se aproveitou o bastante,
ficamos apenas no mundo do dinheiro e da televisão,
além dos rótulos vagabundos
que custavam alguns dólares
e a sua ridícula satisfação.
- Tolinha, foi fabricada na China;
mão-de-obra barata,
mas um dia dominarão. Pobre Japão.

Ria e mate o quanto puder,
basta ser político de país tropical
para você fazer o que quiser.
Não precisa nem ser muito esperto,
basta ter um discurso franzino
e um terno qualquer.
Só não pode esquecer dos miseráveis,
eles merecem alguns trocados.
Afinal, serão os futuros subordinados.

Quer um exemplo? Exemplo Brasil.
Quinhentos e tantos anos de muita merda,
mas com orgulho da nação gentil.
Ouviram, ouviram do Ipiranga
o grito de um cara que não sabia o que fazer,
e fez muito. Aplaudam! Aplaudam!
Sem generalizar, é claro. Há salvação.
Emergente sim. Subdesenvolvido não. (podem escutar)

Se não tem uma Barbie
trate de adquirir, as coisas ficam caras
e ela é tão útil, meu bem.
Não tem ainda uma Ferrari?
Meu caro, economize
aos 60 comprará...
Não ela, mas um belo fusca.
Será necessário, ele poderá voar.

Poeminhas lindos, o que querem expressar?
Às vezes a melhor saída é arriscar
jogando tudo de uma vez no papel.
Santa evolução ou besteira de mais um Pedro.
Ele fez. Podemos tentar?

E a China... A China dominará.
Goodbye América!
Well... Well...
Fire mean! That's right!



Imagem:
Mulher sentada
Criação: Ismael Nery

domingo, 19 de outubro de 2008

Instigante...



Apologia!(Desejos)




Às vezes queremos sumir,
morrer, mas falta coragem
viver, mas falta emoção
acabar com a falsidade, essa abstração
que impede a realidade de se mostrar,
em cada um, sendo o que é.
Você faz o que quer?

Vamos tomar, vamos usar
pensando estar sufocados,
mas não passa de um pequeno medo.
Vamos experimentar?
Falaremos com Deus onisciente
e ele dirá o que há de errado,
acabando com o maldito sofrimento
e juntando-se a nós para relaxar.
Ele prefere sentado no patamar.
Vamos lá! Vamos lá!

De repente estamos diante de luzes.
E nos sentimos bem, nos sentimos mal,
querendo mostrar para este louco mundo
quem realmente queremos ser.
De repente começamos a acreditar
que com nossos sonhos
tudo pode mudar.
Agora observam nossas vidas,
permanecemos em um lindo palco,
com fantasias de carnaval.

Veias a pulsar. Veias sentimos pulsar.
É maravilhosa a sensação.
Por que não participar?
- Larousse! Chegou o Natal.



Imagem:
The Magic Flute
Criação: Marc Chagall

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

!



Para o fim (Inevitável!)





Tudo acontece pelos outros
por nós idiotas também.
Destruímos o que podemos,
e o que não podemos
novos experimentos tentam fazer.

Sapiens! Ignorante Sapiens!
O futuro querido está aí.
Iremos todos cair. Cair...

Diga adeus! (enquanto ainda pode)
Diga adeus! (azar e sorte)
Diga adeus! (coração a sangrar)
Diga adeus! (viva de verdade)
Diga adeus! (para os fracassos que são os anais)
Diga adeus! (a tola política retornará)
Diga adeus! (irei ao funeral)
Diga adeus! (Cristo! Será uma medida irracional?)
(Mais uma...)

Fico a pensar: sobre a desgraça entender.
Fico a pensar: há tanto a impedir.
Fico a escutar: o caos da multidão promissor.
Apenas diga olá!
Ou lute. Irá adiantar?

Diga adeus! (tantos irão morrer)
Diga adeus! (alguém viverá por você?)
Diga adeus! (não há lugar para correr)
Diga adeus! (nossos sonhos jamais persistirão)
Diga adeus! (será tudo ilusão?)
Será? Apenas diga olá!

Esse é um futuro presente.
Resta beber e aceitar;
foram tantos os violinos a chorar.
Sueda agid! Ainda têm coragem de negar.
(tudo é besteira. É tudo falsidade.)
Ir pra cama com sua mãe, transar e gozar.
(Ah! Ah! Ah!)
- (Autoridades) Que tal (senador) agora chupar?

Sapiens. Homo sapiens sapiens....
Adeus! Nunca mais.




Imagem:
The Promenade
Criação: Marc Chagall

!!



O fim (Um tanto razoável)





Saíamos felizes do restaurante
perguntando se dessa vez iria chover o bastante.
Quando de repente tudo aconteceu.
Em um instante tudo desapareceu.
Beijos morreram... Lábios secaram...
Eliza!Cadê você?
O casamento iria ser tão lindo,
agora meu terno está em pedaços.
Custou uma fortuna. Quem fez tudo isso?
Eliza, está tão escuro,
mas escuto você respirar. Parece querer algo falar.
Fale!Fale!
- Santo capitalismo... Sempre adorei o norte imperialismo,
agora estou no auge de minha humanidade gananciosa
ainda há bombas a estourar...
Bombas(H)!Bombas(H)!Bombas(H)!
Continuem a festa, não parem,
restará tempo para transar.
Isso eles sonhavam ouvir. Adeus amor!
Chegou o fim.

Eu me lembro. Eu não quero lembrar.
Vida foi mais um sonho que passou
e jamais irá retornar.
Ninguém é merecedor.
Faríamos tudo de novo.
Matar. Matar. Destruir. Destruir.
(Sem amor; sem amor.)
Prezávamos a inveja, o ódio, o rancor...
Dinheiro. Sexo. Dinheiro. Sexo.
Muito dinheiro... Muito sexo...
Meus irmãos e minhas irmãs não vão retornar.

Pau e pedras... Pau e pedras...
Começaram os gritos aflitos
dos "normais" e dos "defeituosos" que resistiram.
A primeira visão do que restou foi horrível,
ainda é horrível, mas temos que aceitar.
A poeira subiu vermelha das vidas que se foram
apareceram então os resquícios da destruição supranatural,
como se fosse um lindo banquete que esperava
por convidados famintos de crânios e sangue da população mundial.
Órbita. O mundo não saiu de sua órbita,
o universo ainda expande-se
como a fome e a ganância que ainda não foram destruídas.
Eliza, sinto tanto a sua falta
com você também se foi meu coração,
e agora sou mais um escravo desses "desenvolvidos"
que nos iludem com um falsa reconstrução.
Ameaças ainda existem:
- Trabalhe seu porco, ou não terá jantar!
A tolice também:
- Sim senhor, feliz e com louvor!

Eu me lembro. Eu não quero lembrar.
Vida foi mais um sonho que passou
e jamais irá retornar.
Ninguém é merecedor.
Faríamos tudo de novo.
Matar. Matar. Destruir. Destruir.
(Sem amor; sem amor.)
Prezávamos a inveja, o ódio, o rancor...
Dinheiro. Sexo. Dinheiro. Sexo.
Muito dinheiro... Muito sexo...

Meus pais e minha noiva não vão retornar.

Tento ao máximo resistir, fazer de conta que vivo.
Meus últimos amigos começam a morrer.
Mamãe, você não tem idéia do que fazemos
sentiria vergonha se visse tudo,
mas temos que sobreviver e eles...
Eles querem muito prazer.
- Acalme-se, não sentirá muita dor. Será bom!
É tudo tão feio: nossas atitudes (não temos escolha)
É tudo tão feio: esqueletos de 10 m por todo lugar.
É tudo tão cinza. É um morto cinza.
Somos todos mortos e preservamos (não temos escolha)
o mal do mundo e sua estupidez,
como nosso maior tesouro.
Bem, o tesouro de poucos: a ganância.
Desertos por todos os lados, sofrimento constante.
Felicidade que como as pirâmides não mais existem,
pois tudo desabou; o que vou fazer?
Seria a morte minha grande vitória?
Quero morrer. Não há mais nada que me prenda aqui.
Agora! Agora!

Eu me lembro. Eu não quero lembrar.
Vida foi mais um sonho que passou
e jamais irá retornar.
Ninguém é merecedor.
Faríamos tudo de novo.
Matar. Matar. Destruir. Destruir.
(Por orgulho; por orgulho.)
Prezávamos a inveja, o ódio, o rancor...
Sexo. Dinheiro. Sexo. Dinheiro.
Muito sexo... Muito dinheiro...
Fogo! Fogo! Fogo!
Zzz... Zzz... Zzz... Zzz... Zzz...

(Saíamos felizes do restaurante
perguntando se dessa vez...) Fogo! Até logo.







Imagem:
Brautpaar mit Eiffelturm
Criação: Marc Chagall

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ele nem imagina...



Pessoas (sentado em um banco a esperar)





As pessoas caminham, caminham, caminham...
E elas respiram, respiram, respiram...
Algumas são velhas, velhas, velhas...
Outras são verdadeiras sinfonias, sinfonias, sinfonias...
E estão todas vestidas, vestidas, vestidas...
As mais lindas estão de negro, negro, negro...
Todas sob o mesmo finito céu, céu, céu...
Teremos mais um fim banal?
Fico a esperar, esperar, esperar...
... cinza e azul... Ele chegará?
Creio que não.



Imagem:
O eco do vazio
Criação: Salvador Dalí

Compreende???




Aspirações a uma vida(o espelho)



A sombra ainda paira sobre ti
simples e segura como um véu a te cobrir
que impede por vezes da luz entrar,
a luz de um inesquecível olhar
fazendo-o assim mais uma vez
uma triste melodia a sorrir.
Iria ser melhor você chorar.

Ainda há uma chave.
Inesperadamente você não está mais dormindo,
mas não sofra o pior dos castigos:
matar os demais, e com eles morrer sem pensar.
Apenas resista e viva intensamente.
Não queira ser mais um humano de lamentos
que enlouquece a própria mente,
(eu sei! Eu fui!)
mas sim, o carisma vivo que às vezes deixa de ser.
Sorria pra mim. Ao menos tente!

Olhei o seu espelho por um tempo
e não sei de que lado sua alma está.
São tão pequenos os pedaços
caídos, quebrados
que não consigo juntar,
mas que são importantes para muitos
e grandes demais, afiados demais para eu tocar.
Refaça você! Mostre o espelho
que um dia fui feliz de olhar.
Tire esse maldito colar,
somos muitas vezes você.




Não sangre! Eu sangro...
Respire! Eu vivo...
Não há sentido, tudo vai melhorar
(como sempre)
e então eu poderei enfim imaginar
que você realmente retornou,
das infames sensações, dos tristes infelizes
que em momentos matou,
a tantos e a mim.

Pare toda e qualquer dor.
Reveja os erros como um inocente
sem temer palavras inconseqüentes
que talvez tenha que merecer.
Seja feliz com seu amado ser,
não o tornando mais frio, confuso, sombrio
pois ele também no fundo ama você.
Isso temos que entender. Tenho que entender.

Não vire para o horror. Prometa!
Não tente esconder o seu amor. Prometa!
Apenas seja o que verdadeiramente é
fazendo-me feliz.

Sou seu eterno aprendiz.





Imagem:
O Aniversário
Criação: Marc Chagall

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Viveu...



Alguém a sentir


Olho para todos os lugares
e vejo que as pessoas não vão para lugar algum.
Por que tem que ser assim?
Um dia sentirá falta de mim.




Estamos nos sentindo tão bem,
como sempre nos sentimos tão bem.
(Seus olhos são grandes)
Não estamos onde queremos estar,
Não fazemos o que queremos fazer.
É num mundo lindo que eu quero estar,
é isso que eu quero fazer.
Aonde quer que você vá, eu vou saber.
(Abraça-me forte)
Mas para onde eu vou?
Tudo se move. Tudo se move tão rápido!
Há tanto barulho. Há tanto som!
Se você pudesse ver...
Há tanto rancor! Eu posso sentir.
Todo esse barulho... Pássaros na imensidão.
Se você pudesse ver...
Ouça o som da histeria, tudo é uma paranóia.
Odeio o quanto gosto de você.

Você é um ser tão bom, tão ridículo, tão maravilhoso...
(Faz-me gritar!)
Nunca vá embora.
Você me faz querer cair.
Não sabe o que está fazendo,
o que está fazendo comigo.
Eu não consigo parar (você sabe);
segure! Não me deixe cair.

Posso ser aquela escuridão
que conhecemos tão bem.
Podemos não ter nada.
Tudo pode ter acabado.
Talvez nem tenha começado,
mas sua sombra tende a sumir.
(Ouço o que diz, mas é tarde para entender.
Ouço o que não diz, gostaria de esquecer.)




Você diz que precisa de mim,
mas sempre foge.
Meu amor era forte, agora está por um fio.
Já é tarde demais,
cansei de me desculpar.
Apenas não caia num espaço vazio.
Não pense mais em mim, se fiz tanto mal.
Não pense mais, seja feliz.
O convite não tem fim.
Não se preocupe, eu estou bem.
(Mais uma vez)

Mais uma vez...
Sigo apenas meu coração,
num piscar de olhos meus sonhos desabarão.
De repente sinto medo.
Estou longe de você.
De repente isso é o melhor.
Eu nos fazia sofrer.

O tempo passa...
Quero voltar pra casa.
Odeio o quanto tenho que ser,
ninguém vive no meu intenso anoitecer.
Corações espalham-se mais uma vez,
e o meu... O meu...
O meu sempre estará com você.




(Montanhas brotam como cristais que perfuram sua pele, pois eles querem mais uma vítima, eles podem escolher. E as borboletas matam os imensos pássaros azuis que querem levar seus sonhos para a Terra de Carmesim, impedindo mais um de ser feliz. Montanhas-russas caem... montanhas-russas caem... você cai sobre as navalhas afiadas, cortando-se, há muito sangue, você agoniza a cada instante, é prazeroso e você gosta. Você gosta! Borboletas... cristais.)




Imagens (respectivamente):
Sentimentos profundos 1; Sentimentos profundos 2; Sentimentos profundos 3
Criação: Dad

sábado, 11 de outubro de 2008

E matou...




A vida de viagens vai te matar!



Seria mais uma santa ironia
se eu dissesse Aleluia!
Anjos no inferno, demônios no céu
e você na terra, na terra pra mim?
Observo o choque matador de teus olhos,
fitaria tudo por horas,
mas talvez você não iria gostar de me conhecer,
por receio ou será que lhe falta tempo?
Posso deitar com você?

Tudo bem. Não desistirei.
Isso é só a parte mais difícil de viver.
Tudo bem. É isso que você quer.
Viaje e deixe que tudo passe desta vez.
Novamente irei suportar.
Acredite. Conseguirei!
É isso que você quer?
Incrível céu noturno!
Posso deitar com você?



Não se perca na prescrição de vôos fracos,
tendo uma visão cega do que é real.
Essa é a última noite que minto.
Posso deitar ao seu lado?

Como gostaria de apreender seu nome e até você,
esperando que queira fazer o mesmo,
por que não morrer?
Estou sendo trágico! Não é espanto.
Meu vôo fraco cômico.
Eu ainda insisto:
posso deitar ao seu lado?

Pense em tudo que poderia encontrar.
As luzes que ainda caminham em par
em ti, em todos nós,
querendo urgentemente
uma vida estéril do falso amor.
Imagine tudo que poderia ser;
gostaria que roubasse o tempo para me reparar.
A culpa não é sua por eu ser assim,
chutar folhas que vejo no maldito jardim,
dançando numa árvore,
querendo picadas no veludo sem fim.
(Eu já quis. Desisti! Você sabe.)
Eu não culpo você.
Posso deitar ao seu lado?

Talvez isso não irá ajudar,
então ria daquele ridículo altar.
Aleluia! Cinzas! Aleluia!
Cadê as pílulas e as agulhas?
As viagens vão te matar!
Não permita.
Sentirei sua falta, sentirei muito sua falta
e a ausência do choque do seu beijo
torna isso tão difícil.
Não é simples alguém querer.
Você conseguiu o que mereceu?

Seria mais uma santa ironia se eu dissesse...
Posso deitar com você?
Indo abaixo.







Imagem:
O Poeta Viajante

Criação: Gustave Moreau

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

.



Enquanto a chuva cai



...antes do silêncio,
durante a escuridão mais escura
não se via nem um ser vivo,
não havia sequer um pássaro no céu
ninguém era capaz de pensar.
De repente, não mais que de repente
o horror dos pesadelos
quebrou o silêncio atordoante,
fez as luzes surgirem como um mágico amanhecer
para a parte mais difícil de viver
simplesmente acontecer:
Dúvidas.
(Você não está sozinho.
Eu espero que você saiba)

O dano causou feridas
temporárias, permanentes...
que a vida exigiu pelo prazer
de poder em raros momentos rir,
rir tão alto que pode doer,
ou pelo menos para conseguir fugir.
(Ria!)

O que sou? Por que sou?
O que quero? Por que quero?
Não é tão simples assim?

O vento traz uma chuva cinzenta
com respostas que podem sangrar seu coração
como quando iluminamos nosso caminho,
como quando socamos nosso tempo, nosso destino
para experimentarmos a mais fria sensação.
Paixão com razão é o roubo de teus olhos
(de tantos olhos!)
não visíveis a qualquer um,
apenas àqueles que como você
têm mais de uma opção.
(Você não está sozinho.
Eu espero que você saiba)




Físico. Mental.
Seguramos em nosso coração a espada e a fé
inchados pelas nuvens de chuva,
movendo-se como a fúria
(não uma qualquer)
procurando respostas sem perguntas a formar
ou que já estão em você, mas não quer acreditar.
(É o que vejo)
Pode optar por ser
mais uma música triste com nada para dizer,
fugindo, correndo.
(Você sabe do que, de quem)
Mas para onde? Como esconder?
Ou encontrar outra maneira,
como o brilho de teu sorriso a encantar
(a tantos)
assim como o seu sangue vivo.
Não passe o resto de seus dias
balançando só para os mortos,
nem vivendo de sonhos
em que nunca irá acordar.
Esqueça as ofensas, os inimigos também.
Elas padeceram neste inferno
e eles no próximo como quiser.
Viva o momento: arriscando, sofrendo.
Viva o momento: amando, entendendo.
(Você não está sozinho.
Eu espero que você saiba)

Recíproca sinceridade.
Homens e mulheres.
Homens ou mulheres.
Talvez sim. Talvez não.
Podem amar, no mínimo apaixonar.
Tudo é tão normal.
Vivendo, morrendo...
Gozando, temendo...

Posso estar errado, mas sou o primeiro a pedir desculpas.
Posso ser errado, mas aprendo coisas malditas.

Peça desculpas se puder, mas não como eu.
Admita o erro, mas não como eu.
Não queira ser infeliz, não poder amar
sabendo que sempre está morrendo,
como pragas em um lindo pomar.
(Eu sei!)
É difícil conviver com alguém por muito tempo.
(Entende? É apenas instante)

A chuva parece cessar,
anjos param de chorar.





Imagem:
The Waterlily Pond (1899)
Criação Claude Monet

..



O seu fantasma



Enfim encontrei o amor,
algo maravilhoso, inovador,
que em meu morrer silencioso
fez despertar um pouquinho de fé,
talvez esperança,
mas não uma qualquer,
de neste instante
em um segundo perfeito,
apenas um segundo, nada mais
poder ser feliz,
perder a infância de horror.
(Você sabe. Poucos sabem.)

Nunca pensei que fosse tão difícil.
Nunca imaginei conseguir.
Nunca acreditei isso poder.
E você nem ao menos percebe,
enclausurado em suas aflições,
morrendo por seus desejos injustos
como se fosse um anjo no inferno
(neste ou no outro se quiser)
que busca sem cessar pelo Paraíso,
algo maldito, tão incerto.

Por que tem que ser assim?
Não sou merecedor de um belo fim?
Por que tem que ser assim?
Coração a chorar a todo instante,
desejos de um viver constante,
ao seu lado, ao seu lado...
esquecendo o corrupto passado,
minhas mentiras, faces frias
sendo o que realmente sou.
Apenas ao seu lado.

Sei que o maior erro é o meu,
por não possuir coragem de dizer
nem ao menos suspirar meus sentimentos
por medo de não ter você. Só você!
Seu fantasma atormenta-me todos os dias
dando-me amor à distância
sem você saber,
dando-me um ódio constante
implorando por morrer.
E você nem ao menos percebe.
Está com chuviscos ao amanhecer,
como minhas lágrimas,
tão sinceras, necessárias
por este ato de amor.




Os dias velam pelo tempo.
Os dias velam pelo tempo.
Os dias velam por mim.
E todos cairemos, todos cairemos...
Tudo cai! Tudo cai,
enquanto estou a chorar.

Eu nunca os deixarei, eu nunca os deixarei
Eu nunca os deixarei machucá-lo,
eu não consigo esquecer você.
Eu nunca os deixarei, eu nunca os deixarei
Eu nunca os deixarei machucá-lo.
Incrível ser.
Eu prometo!

E através de tudo,
espero ao menos salvar minha alma,
que assim como o seu viver
permaneça pela eternidade em plenitude.
E através de tudo,
resta pouco tempo para mais um partir,
mais um infeliz,
que sempre irá você amar,
seu sorriso, suas aflições lembrar.
Ao seu lado escutei, suportei
e não percebeu.

Tudo cai.
Bem, depois de tudo...





Imagem:
Saule pleureur
Criação: Claude Monet

...




Faz-me viver, faz-me feliz!



No início.
Quebrou-se meus braços no pesadelo,
mas meus desejos, sobre meu peito
ainda não morreram de frio,
pois só o tempo,
Fantástico e Trágico é o tempo,
como brasas caídas em meus outonos pensamentos,
por vezes resistentes suavemente,
os fará dolorosos,
assim como o mundo ou o céu desistir.
Nunca mais existir.

Um por um.
Meu peito se exauriu:
da melancolia que por dias consumi,
que com os desencantos por vezes inventei,
apenas para que a tão sagrada morbidez
permanecesse para me defender de você.
(Foi um grande erro!)
Privei-me por muito tempo de sentimentos.
Lindos e puros,
(você sabe)
que não posso mais temer.
Por mim:
que o amor descobri
e de meus lábios mistérios transbordei.
Por você:
que é um doce merecedor,
e além de tudo faz-me viver, faz-me feliz.

A lua parou no céu.
Enquanto a chuva cai com o silêncio atordoante
e o seu fantasma brinca com os tormentos,
feliz, contente,
(lembranças que amarei para sempre)
a prata avança lentamente
que talvez você naquele tempo, sem saber
como uma estrela ardente
fez a lagoa negra, que foi meu coração
enfim a vida respirar e poder assim brilhar.
(Você é um anjo em século.
Vivo, desejo pulsante.)




Prometa!
Tremo em pensar que poderá ser infeliz,
padecendo pelos outros e sendo infeliz.
Sendo infeliz e longe de mim,
pois se ao menos estivesse perto, concreto
dar-lhe-ia meu carinho
de palavras e sutis gestos
que o infinito de meu íntimo,
assim como o fim do mundo,
que a paz silenciosa não pode encontrar
e jamais irá desfrutar,
nunca irá negar. Pra você! Por você!
Prometa não ser infeliz.

Não haverá fim.
De você não desistirei,
pois finalmente sou eu mesmo
não mais chorando pelo medo de fazer acontecer,
mas sim vivo por você poder ver
muitas vezes seu ser querer,
para conversar, para o amor usar.
(Sinto-me bem!)
Nada posso reprimir (lamento)
sua presença ainda persiste em mim
não me deixando sozinho
(tudo é real!)
sabendo que apenas o tempo não poderá apagar,
eu não iria suportar.
Não é obsessão, só não canso de escutar,
sua voz de seus lindos lábios sussurrar
palavras, simples palavras
que aquecem o meu coração.
Mente e espírito renovar-se-ão.

Tudo. Gostaria de ter você.
Acalme-se. Seu rosto freqüenta meus sonhos mais alegres
fazendo-me como ave que à noite mergulha no seio do mistério,
perdendo minha alma num infindo amor.
Sim! Um anjo quer adormecer.




Imagem:
The Garden in Flower (1900)
Criação: Claude Monet

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Em uma noite dessas...



Banho às 23



Após brincar um pouco
escutando música pesada, um tanto culpada
fico a suar e até a implorar:
Nada melhor que um banho frio!

Aquela preciosidade chamada água
escorre por esse desastre chamado humano
que ao menos ao anoitecer um pouco insano
consegue relaxar.

Água! Água!
Deixei a porta aberta, a música a libertar,
esperando que de repente alguém
também queira deliciar-se em meio ao portátil mar.


Talvez venha uma das amadas criaturas
que me provocam sensações. Fortes e intensas.
Incansáveis e indefesas. Talvez as lindas alucinações.
Por que não? O banho está tão bom!

Ah! Uma aranha tarada fica a olhar: um corpo sujo e nu.
Quer despencar! Parece querer devorar
mais uma presa, tentando pular
e cair em um lugar para muitos comum.
O banho está tão bom!

Mas tudo tem que acabar.
Espere! Alguém acabou de chegar.
(...)
Que pena. É só um bêbado, mais um que caiu.
Ainda assim:
Nada melhor que um banho frio.





Imagem:
Banho em Asnières
Criação: Georges Seurat

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Colapso...



INÍCIO




ENQUANTO O MUNDO ESTÁ EM CINZAS,

O COMEÇO NÃO É MUITO SIMPLES.

(MAL CONSIGO RESPIRAR)

ÀS VEZES APENAS TEMOS QUE DIZER ADEUS

E MORRER POR VERMELHOS CRISTAIS. (GOTAS CAEM)

ENQUANTO SOMBRAS NOS ENVOLVEM,

LEIO SUA MENTE MIL VEZES. VOCÊ VÊ?

MINTO. DOU CONSELHOS RUINS. MAS POR QUE NÃO SE RENDER?

TALVEZ ESTEJA PERDENDO TODA A RAZÃO

MALDIÇÕES CUMPRIR-SE-ÃO. SEM MEDO!

VOCÊ ME TORNOU MELHOR. (OBRIGADO)

JÁ ME ACOSTUMEI COM A ESCURIDÃO,

AS MINHAS LÁGRIMAS SECAM SOZINHAS...

NÃO CAIREI. QUERO CAIR. NÃO CAIREI!

SEREI O MEU MELHOR AMIGO. VOCÊ TAMBÉM É.

O SOL SE PÕE E NÃO ME ARREPENDO;

AS MINHAS LÁGRIMAS SECAM.

QUEM É VOCÊ? O QUE VOCÊ QUER?

EU TENHO QUE IR. SECAM SOZINHAS.

ADEUS! SERÁ MELHOR PARA TODOS.

NÃO HÁ NENHUM SEGREDO.




Imagem:
Vampiro
Criação: Edvard Munch

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ela... Somente ela... Foi...



Quando ela sorri




Guarda segredos em seus olhos,
envolve mentiras em suas verdades,
mas mesmo assim
sua mera presença faz-me feliz.
(Fico sem ação quando sorri.)

Faço tudo que me pedir:
canto... Danço... Mato até!
Perto quero estar, dor quero sentir.
Enlouquece-me com o seu olhar.

É como se fosse uma rosa
não consigo esquecer.
Dói muito... Ela me leva pro Paraíso.
Dói muito... Quando olha pra mim.
Sou tão fraco. O que posso fazer?
(Ela sorri.)



(Apodrecemos como lobos famintos, que caçavam intensamente sua presa, delicada e carente, que caminhava sobre a neve, que cobria com seu sangue a neve. Era tão lindo!Famintos. Morreram de frio.Atenção! Todos morrerão?Sangue e neve.)





Imagem:
Moça em frente ao espelho ( 1932 )
Criação: Picasso

domingo, 5 de outubro de 2008

Divertido...




Meu vizinho de baixo (Jazz!)


A cama faz barulho,
já passam das 22.
Meus passos fazem barulho,
com um vivo jazz a tocar.
Meu vizinho irrita-se,
no teto começa a bater
o chão começa a tremer,
mas isso não adiantará.


Jazz... Jazz... Amy... Jazz...


Movimento o corpo em meio aos lençóis
e ela penosamente range.
Ele bate: pah! Pah! Pah!
Eu escuto: pah! Pah! Pah!
Tem quatro anos pra agüentar,
a não ser que um morra
enforcado, pendurado na janela
sendo fotografado por jornais.

Aqui em cima fazemos barulho
e já passam das 22.
- Vizinho, escute um jazz!

Acidentes.
Jazz... Jazz... Amy... Jazz...





Imagem:


Alma e Jonas, Meu pequeno vizinho
Criação: Guilherme de Faria

Dois livros...




Alienação por expressão




Portanto, de massa uma forma
seu estado uniforme de lembranças
isto é, de área do êmbolo
em teoria evolucionista, conhecida matança.

Corrente elétrica do mundo
jamais consciente em movimento.
Do conhecimento natural do balanço,
o bom e o mau de 2,5m de comprimento.

Pêndulo cônico no canaviá,
vida ética nas extremidades,
não se interessam por política,
nem interligam o sabiá.


As faces reprimem o formidável
a termométrica com qualidades e sentidos.
Metade de liberdade dos signos,
basta na oscilação de ser responsável.

Em área de país confuso
resta a arte como via universal,
de componentes perdidas – um parafuso
morrendo de relâmpagos por via oral.

Será agressividade, rejeição?
Não! Filosofia física da razão.
E o equilíbrio de associação?
Não é nada. É o Dada da impressão.
Ão! Ão! Ão!




Imagem:

Aquis submersus (1919)
Criação: Max Ernst

sábado, 4 de outubro de 2008

Aconteceu...



A face oposta (um instante)



Inicialmente em repouso,
alguém me despertou para a vida
e com ela, para tudo
para sentimentos e emoções
como o sofrimento e o rancor
que me fazem tão bem.
Quero sobreviver sem sofrer.
Você tem que morrer.


Abandonado para pontos internos,
muito distantes,
por um tempo suportei,
mas esse corpo eu ainda quero,
você terá que desaparecer.
Seus amigos distantes nada farão,
aos poucos consigo seu espírito, seu coração.
Você nem percebe quem age na realidade,
quem escreve seus versos falsos;
você não sente nada, nem sabe o que dizer.
Não é verdade?

Com tantos cortes que você faz
mais forte eu consigo ser,
(você sabe; você gosta)
é apenas questão de tempo
para o meu maravilhoso renascimento.
Isso é constante, como minha força
que tem o dever de enaltecer,
a mim, não a você.

É apenas um lembrete
do consciente do inconsciente desse ser,
patético que sempre está bem,
como um doente que seus sintomas não quer admitir.
Ele está bem. Eu melhor ainda!
Até a próxima vez,
(como em poemas passados
que ninguém pode perceber)
meus queridos inimigos. Isso é recíproco?




Imagem:
Criação: Antonio Veronese